A tradicional rede de dormir de Pedro II foi transformada em patrimônio material e cultural do município, com a aprovação da Lei N°1419/2023. O projeto, de autoria do Executivo Municipal, foi aprovado por todos os vereadores presentes na sessão da Câmara dos Vereadores de Pedro II do dia 3 de abril de 2023. A lei, então, foi sancionada pela prefeita Betinha Brandão.
Conforme o projeto de lei aprovado, será instituído o Cadastro Municipal de Teceloa e a referida identidade funcional e profissional. Esta será a porta de acesso das mulheres que tecem a fio, artesanalmente, a rede de dormir, para as políticas públicas na área da confecção. A lei destina a comemoração alusiva ao dia 19 de março de cada ano, como o Dia da Teceloa.
A confecção da rede de dormir de Pedro II já é objeto de estudos acadêmicos. O ofício das teceloas pedrosegundenses se destaca na confecção piauiense, com presença em outros estados do Brasil e até outros países.
Para Betinha Brandão, a sanção da lei é uma conquista "histórica e cultural", considera. "A rede feita em um tear de Pedro II, pelas mãos de nossas artesãs, é algo precioso para nosso povo. Quem conhece a qualidade de uma rede da nossa cidade, não quer saber de outra. Com força de lei, vamos fomentar esse trabalho e valorizar nossas artesãs", considera.
Pedro II é conhecido como a "terra da rede". A confecção de redes na cidade iniciou-se nos últimos anos do século XIX, quando o padre Joaquim de Oliveira Lopes, vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, foi morar no município. Ele trouxe as irmãs Honorinda, Mariana e Severa, a quem coube a responsabilidade de introduzir o processo de fazer redes de dormir em teares de grade
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